Esse é um festival de Fogo, Terra e Ar... Um celebração a criatividade, expressão humana e a relação com a natureza.
Para entender melhor, Burning Man, ou Homem em Chamas é um festival que ocorre anualmente no deserto Black Rock em Nevada, Estados Unidos. E convida as pessoas a viverem uma experiencia social diferente e fora do comum. No deserto, como você se relaciona?
Com a hostilidade do clima desértico, a falta de água e as tempestades de areia, geralmente as pessoas tem que se unir, ser solidárias e compartilhar o que tem. Não existe resistência em ajudar e nem preconceito em conhecer. Não há julgamentos nesse festival, você se expressa como quiser, desde que seja de alguma maneira natural e artística, podem usar roupas diferentes, cores, cabelos e a grande atração são as esculturas e obras gigantescas criadas por diversos artistas.
No festival nada está a venda. É como se um mundo novo e diferente, de liberdade e expressão e até mesmo espiritualidade se erguesse no deserto mas depois desaparecesse, literalmente em chamas. Isso mesmo, no final do festival, todas as obras são queimadas, e os artistas se quiserem podem reproduzi-las depois novamente, mas naquele momento nada deve ser levado e sem vivido e os interessados nas obras podem trocar contatos com os artistas depois e assim entender melhor o conceito de seu trabalho, afinal querendo ou não acaba tendo esse lado de divulgação, porém esses assuntos são melhor tratados depois do festival porque a finalidade é viver aquele momento, como se fosse único, tudo ali é diferente, real e transcendental.
O Burning Man ocorre mais ou menos entre Agosto e Setembro e se assemelha ao festival aquariano de Woodstock, 3 dias de Paz e música, pelo motivo de que também é classificado como um movimento de contracultura, ou seja, foge as padrões sociais e culturais normais e comuns entre as pessoas, aqui tudo e diferente, expressivo e tem muito de experimental, quem vai ao Burning Man, precisa ir completamente desapegado para se permitir e se conhecer melhor.
Dizem que foi criado por um pai que queria alegrar seu filho queimando a imagem de um homem de madeira na praia, as pessoas foram se reunindo e dando mais vida a celebração, que cresceu, migrou para o deserto e agora tudo é bem interessante.
O clímax e fim do festival ocorre quando o grande homem de madeira é queimado, após a incineração de todas as outras obras de arte, Depois disso, todos voltam para suas casas mais leves e com a certeza de que são capazes de modificar o mundo e torna-lo um lugar melhor.
As imagens que dão graça a essa postagem são em sua maioria do fotografo Victor Habchy, que foi ao Burning Man de 2014 e registrou essas maravilhas.
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